Viadutos do AVE e o caminho de ferro tradicional sobre o rio Ulha. (foto: gciencia.com) |
Propostas de traçado e traçado construido en 2020. (mapa: lavozdegalicia.es) |
Um melhor planejamento urbano: as cidade únicas.
O sistema urbano galego é policêntrico, com 3 núcleos urbanos principais no Eixo Atlântico (Vigo-Pontevedra ao sul, Coruña-Ferrolterra ao norte e a Área de Compostela ao centro). Os dous primeiros têm portos importantes e os três contam com cadanseu aeroporto. Cada área urbana, assim como cada porto e aeroporto, está descentralizada seguindo um modelo territorial de cidade únicas com áreas especializadas. Desta forma, a área de Compostela tem, por exemplo, a maioria das entidades públicas e da universidade. Vigo com a indústria automóvel e sectores afins e A Coruña com o sector têxtil relacionado com a multinacional Inditex.
As áreas metropolitanas do Eixo Atlântico devem ficar bem ligadas entre si, com os portos e aeroportos e com as outras 2 zonas urbanas do interior (Lugo e Ourense) no transporte ferroviário de mercadorias e passageiros.
E além das ligações inter-urbanas, em termos de uma mobilidade ótima nas áreas metropolitanas, seria interessante o estudo para implantaçom de linhas de Metro (leve ou convencional). Outras cidades peninsulares de tamanho médio como o Porto, Vilanova de Gaia, Málaga ou Granada já dispõem de Metro, enquanto na Galiza ainda é inexistente.
As cidades galegas também devem melhorar a mobilidade interna com tranvias eléctricos e transportes sustentáveis (autocarro eléctrico). É algo que já é comum noutras cidades europeias de tamanho semelhante, e que na Galiza também nom seria novidade, já que Vigo e a Corunha tivérom tranvias no seu tempo.
Em resumo, um planejamento ideal para o transporte público galego seria ter tranvia e autocarro eléctrico nas cidades, metro nas áreas metropolitanas, trem de proximidade entre cidades e cabeceiras comarcais, e alta velocidade para ligar a Galiza ao exterior.
Atualmente, as próprias cidades estám devolvendo os seus espaços aos peons, em detrimento dos veículos. Isso melhora a sua qualidade de vida enquanto impulsiona o comércio local. Evidentemente, a pedonalizaçom dos centros urbanos deve ter uma boa gestom do transporte, possibilitando vagas de estacionamento dissuasivas para o transporte privado e rotas de transporte público eficientes.
A reabilitaçom de bairros históricos e cidades inteligentes tecnolóxicas (smart cities) que atraem inovaçom, aumentaria os serviços e o emprego através do comércio de produtos locais e também do investimento estrangeiro através de franquias. As cidades precisam atrair empresas para aumentar o emprego e reduzir o envelhecimento demográfico, bem como promover os produtos locais, por exemplo, abrindo mercados urbanos, como é feito em muitas cidades francesas.
Nesse sentido, vale ressaltar que os salários de transporte devem ser adequados para nom prejudicar o comércio local. No entanto, a precariedade do setor de transporte com custos de negócios baratos fai que as empresas multinacionais podam vender online a preços muito baixos com os quais o comércio local nom pode competir.
Quanto aos projetos urbanísticos de destaque, a cidade de Pontevedra trabalha há anos na pedonalizaçom do centro urbano que favorece a mobilidade e proliferaçom de franquias e pequenos negócios locais. Santiago de Compostela caracteriza-se por ter um grande número de zonas verdes onde crianças e adultos, sobretudo, melhoram a sua qualidade de vida. A Corunha tem o passeio marítimo mais longo da Europa (13 km.) e está a realizar a humanizaçom do porto. Algo que Vigo já tinha feito, e que agora se destaca pola melhoria da mobilidade nos bairros através da instalaçom de elevadores urbanos e escadas mecânicas.
Projeto “Vigo Vertical”. (foto: farodevigo.es) |
Um melhor planejamento comarcal: A fusom dos concelhos.
As cidades galegas devem estar bem conectadas com as principais vilas comarcais. Ademais, as vilas devem estar bem comunicadas com as paróquias e aldeias que abrangem, para travar assim o despovoamento rural. Embora isto nom resolva todas as causas de abandono do meio rural, favorece que os deslocamentos por trabalho a uma localidade que é centro de serviços, sejam mais curtos e que a populaçom nom decida emigrar.
Neste caso, o Concelho da Golada (cerca de 2.200 habitantes) devido à falta de persoas, apenas concorreram nas últimas eleições dois partidos políticos, sendo um deles independente e liderado por um emigrante regressado.
Do mesmo jeito, a comarcalizaçom levaria à supressom das deputações provinciais, que som meros escritórios de pessoal que trabalham principalmente nas capitais provinciais e nom nos concelhos. Uma instituiçom pública que contrata como se fosse uma empresa privada, e nem mesmo o presidente é eleito em sistema eleitoral prórpio.
Porém, as mancomunidades ou agências comarcais ofereceriam serviços mais próximos e úteis aos concelhos e paróquias. Um exemplo som os Escritórios Agrários e os Grupos de Desenvolvimento Local, que com muito menos persoal fam gestões administrativas e assessoramento empresarial, e têm os seus escritórios próximos às áreas rurais.